23 de fev. de 2011

Além de Toda Crença


A partir da descoberta de escritos antigos excluídos da doutrina cristã, a renomada historiadora Elaine Pagels apresenta uma fascinante e corajosa reflexão sobre as origens do cristianismo

"Leitura eletrizante; um modelo de erudição equilibrada e profunda e uma prosa viva e excitante." – Publishers Weekly

E se o cristianismo fosse diferente de tudo que conhecemos? E se, ao lado de Mateus, Marcos e Lucas, o Novo Testamento não incluísse o relato de João, mas sim o de Tomé, um dos evangelhos gnósticos? Em seu novo e corajoso livro, Elaine Pagels – uma das maiores autoridades mundiais na área de religião e história, e vencedora do National Book Award com o revolucionário Os Evangelhos Gnósticos – volta a refletir sobre as origens da religião cristã e suas implicações para o mundo de hoje.

Numa narrativa desafiadora e comovente, Além de Toda Crença remonta aos primeiros textos do cristianismo para apontar os motivos que levaram os primeiros líderes cristãos a incluir determinados evangelhos e excluir outros da coletânea que viemos a conhecer como Novo Testamento, eliminando muita da diversidade e riqueza da nova religião.

A redescoberta do Evangelho de Tomé no Egito em 1945, juntamente com outros escritos cristãos desconhecidos desde a Antiguidade, oferece indícios surpreendentes. Com o objetivo de estabilizar a igreja cristã emergente em uma época de intensa perseguição, os patriarcas da igreja forjaram seu cânone, seu credo e sua hieraquia – e, ao fazer isso, suprimiram muitos de seus recursos espirituais.

Dolorosos acontecimentos em sua vida particular tornaram a busca espiritual e intelectual de Elaine mais urgente. À procura de uma abordagem diferente da religião, ela foi levada a explorar fontes históricas e arqueológicas e a investigar o que Jesus e seus ensinamentos significaram para seus seguidores antes do estabelecimento da doutrina definitiva – ou seja, antes da invenção do cristianismo conforme o conhecemos.

Para Karen Armstrong, autora de Em Nome de Deus e O Islã, "esta luminosa e accessível história do cristianismo primitivo oferece explicações profundas e cruciais sobre a natureza de Deus, a revelação e o significado da verdade religiosa. Aqueles a quem a religião comove, mas que descobrem não poderem mais aceitar as doutrinas oficiais de sua igreja, encontrarão neste maravilhoso livro uma fonte de inspiração e esperança."


AUTORA:
Elaine Pagels formou-se em história, é mestre em estudos clássicos pela Universidade de Stanford e doutora por Harvard. Escreveu, entre outros livros, o premiado Os Evangelhos Gnósticos. Ocupa atualmente a cátedra de religião Harrington Spear Paine na Universidade de Princeton.

ALEGRE-SE 2





FONTE:http://www.umsabadoqualquer.com/

ALEGRE-SE





FONTE: http://www.umsabadoqualquer.com/

O Céu (um deles, pelo menos)


Autor: Kleyner Arley Pontes Nogueira

Não consigo deixar de imaginar o céu cristão – mais precisamente o céu católico – como uma gigantesca repartição pública.

Segundo a mitologia, Deus criou seres inferiores e mortais (nós) para que o adorassem e criou seres superiores para auxiliá-lo.

O porquê de um ser onipotente precisar de auxílio nunca ficou muito claro, mas talvez ele estivesse solitário e achou uma boa idéia criar os anjos para lhe fazer companhia.

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O céu deve ter uma estrutura impressionante, afinal são milhares santos e beatos católicos, sem contar com os anjos que, embora não saibamos o número exato, são classificados na seguinte ordem hierárquica: 1. Serafins, 2. Querubins, 3. Tronos, 4. Dominações, 5. Virtudes, 6. Potestades, 7. Principados, 8. Arcanjos, 9. Anjos.

Deus, nas suas atribuições de CEO (Chief Executive Officer), adotou o estilo de gestão verticalizada, atribuindo a cada ordem uma função específica. Os serafins são como assessores diretos de Deus, possuem seis asas, “emanam a essência divina em mais alto grau” e repassam as ordens para os anjos subordinados. Os Anjos estão no degrau mais baixo da hierarquia tendo maior contato com os seres inferiores (sim, nós humanos).

Há ainda anjos especiais, dentre os quais se encontram os bondosos anjos da guarda, que possuem a difícil tarefa de proteger a integridade dos humanos. Embora fracassem aqui e acolá (Ex: acidentes), não são exonerados da sua função. De qualquer modo, ainda que contem com essa estabilidade, infelizmente, para os anjos de grau mais baixo, não há possibilidade de ascensão funcional. Aparentemente não há Plano de Cargos e Carreira no céu.

Os outros funcionários do céu seriam os santos e os beatos. Os beatos são santos em estágio probatório, têm de cumprir uma série de exigências impostas pela Igreja Católica para que sejam promovidos a santos. Os santos cuidam dos interesses específicos dos humanos. Há santo para cuidar de praticamente tudo: dívidas (Santa Edwiges), abelhas (Santo Ambrósio), adultério (São Gangulfo), desordens glandulares (São Cadoc), dor de dente (Santa Apolônia), piolhos e pulgas (Santo Inacio de Loyola), entre muitos, muitos outros. Alguns santos, como em toda empresa, devem trabalhar bem mais que outros, como deve ser o caso da Santa Bibliana, responsável pela cura de ressacas.

A premissa é a de que se você estiver em apuros deve rezar para o santo designado pelo Vaticano. Esse santo vai levar sua solicitação a Deus que, embora onipotente e infinitamente bondoso, pode acolher o pedido ou não.

Mas se ele não atender seu pedido, não fique triste, deve ser uma provação, afinal.



FONTE: http://bulevoador.haaan.com/2011/02/23/o-ceu-um-deles-pelo-menos/